30 noviembre 2010

Pois aí estamos

Ta bem, ta bem... Os portugueses, como os espanholes, falam mal, pois a sua língua oral não tem muita correpondência com a sua gramática. Esta declaração é patentemente falsa: a gramática é o que esta mal, pois na língua falada há muitas questões que contradizem as regras da gramática, da mesma manera que em espanhol.

Estos dias esta a fazer muito frio, assim que o meu turismo va ter de esperar, embora o meu progresso na língua portuguesa va bem, e isso podes acreditâ-lo, mas não importa se o achas ou não, como podes compreender, pois é o mesmo: falar, falo mais ou menos, e compreender... pouca coisa quando falam normal (se falam d e v a g a r posso compreendê-lo quase tudo).

Em qualquer caso, é verdade que sinto constrangido, restrito, excessivamente limitado quando falo em português, pois não posso dizer tudo que gostaria o querria, e tenho um “lio” com os verbos, pois o português tem formas que o espanhol não tem, como o infinitivo pessoal.

Pessoalmente, espero que em dois ou tres semanas esta língua tenha instalado-se no meu cerebro. Mais ou menos...

Uma coisa curiosa é que os portugueses não dizem palavrões, não é frequente ao menos. E eu..., que a caneta larga-se no chão, e cago-me em deus, ou na hóstia... Embora digo-lo em espanhol, mas... é muito semelhante... Por exemplo: em Portugal não dobram-se os filmes, e isto é bom para aprender outras línguas, sobretudo inglês, mas sim põem legendas (subtitles): onde o inglês diz "fuck you" ou "fuck off", as legendas portuguêsas dizem "merda"... As legendas espanholas diriam: "jódete, hijo de puta" ou "que te den por el culo, cabrón".

Quero ir a Sintra, que é a hóstia: Palácio da Pena, Castelo dos Mouros, A Quinta do Regaleira... Um sitio muito romántico -no sentido estético da palavra-, quase sempre con névoa e muito mais frio que Lisboa: um lugar ideal para ir suicidar-se.


(Estação de Metro Olaias. Aqui entro quase tudos os dias para ir trabalhar ou a qualquer sitio. Muito bonita. Já porei mais fotos.)

24 noviembre 2010

E a prossima semana, "turismo" em Lisboa

A vida em Lisboa va bem, embora tenho de apanhar algums dias para fazer um pouco de turismo, pois desde que cheguei não faço mais que trabalhar, assim que a prossima semana a vou dedicar a fazer turismo, mas é çerto que eu não sou um turista, com certeza, pois quase sou já Português, só falta-me falar bem e compreender aos Português quando falam... O meu companheiro da morada diz que eu vou falar presto.

Esta noite jantaram na nossa morada uns amigos dos meus companheiros e percebi mais o menos o que tudos eles diziam. Acho (¡acho!) que em breve o vou compreender tudo, e em algums meses estou a falar fluentemente.

Já tenho apanhada uma lista das livrárias mais importantes de Lisboa, assim que a próssima semana vou fazer uma viagem pelas, mas tentarei não comprar muitos livros, que conhozco-me... Tenho uma semana e dois dias em Lisboa e já comprei quatro livros. Nesse ritmo eu vou precisar de outra mala para levar-los...


21 noviembre 2010

Situações multilinguisticas

Ontem passei o dia completo fora da morada. Fui para jantar na apartamento dum investigador brasileiro com outros companheiros da Faculdade. Havia uma grande cantidade e muito boa comida que fiziera uma rapariga brasileria, a namorada e companheira deste investigador. Esteve todo muito delicioso. Ali falou-se em português brasilerio -o qual é mais facil de compreender que o português daqui-, em português, em espanhol, em portuñol, em inglês, em francês e também algumas palavras em rumano e em finlandês, pois há um belga que fala muitas linguas e gosta muito do andaluz e do murciano. Eu gosto muito destas situações multilinguisticas.

Pela noite fui ao aniversário dum amigo, num restorante que chama-se Restô Chapitol, perto do Miradour de Santa Luzia. Eu pedi ao azar e o meu prato estava muito, muito bom (bacalo com presunto, tomate, cebola e algumas especiarias, e de postre tarta de chocolate). Depois pedi uma meia de leite (que aquí é o nome do café com leite). Pela noite também falou-se italiano.

O único inconveniente é que não pode fumar em bares, mas há uma ventagem: a roupa não cheira a tabaco.

E hoje vou ficar na morada para descansar, e já amanhá começo trabalhar.



(Fotos da Faculdade de Letras. O sol em Lisboa é muito luminoso: deixa-lo tudo em branco, como se houvera um filtro no céu.)

20 noviembre 2010

Gatos portuguêses

No telhado frente a morada onde vivo há muito gatos. Eles têm lá suo paraíso privado, pois uma vizinha deixa-lhes alimentos, e os meus companheiros da morada dizem que os vizinhos também atiram comida ao telhado.















Até a vitória (em Português)

Sempre teve-se por um lutador nato, e sua convicçaco era tal respeito a isso que ele aproveitava todas as ocasiões posiveis para advertir a todas as pessoas das conseqüências da sua incapacidade para render-se, da sua predisposição à resistência e da sua propensão à vitória:

... e tanto é assim que eu continuarei respirando até o dia que morra.


(Aqui o texto original)

Microautobiografia (em Português)

Eu nasci. Atualmente vivo. De momento, e afortunadamente, isso é todo, embora quando haja algo mais não serei eu -como vocês compreenderão- quem o escreva.


(Aqui o texto original)

Lentamente vou compreendendo

Bom dia, como va todo?

As coisas por Lisboa vam muito bem, já estou integrado nesta cidade e há mil coisas para fazer e muitas pessoas com quem falar e sair. Ontem cozinhei meo primeiro jantar aquí, na morada onde vivo, e fiz-la pelos dois companheiros, e também jantou aqui o namorado da mea companheira, quem é bombeiro. Fiz cogumelos salteados com gambas e ovos, batatas assadas e alho alioli. Eles não conheciam alioli, mas gostaram muito, e jantaram muito, embora eu não sabia como explicar-les que iste alho “se repite” (mais quando iste verbo pronominal não esta no Diccionario da Real Academia Espanhola).

Quando eles falam normal eu apenas compreendo alguma coisa, mas se falam devagar é muito facil percibir-los, mas é bom que falem normal, assim meu ouvido acostuma ao Português.

Hoje vou manjar na morada dum brasileiro com uns companheiros investigadores da Universidade, e pela noite vou ir ao aniversário dum amigo que esta a trabalhar na Universidade de Évora, mas vive em Lisboa.

Ontem meus companheiros leram os post em Português disste blog, então pude advertir todos os erros de ortografia e sintaxis que tenho, mas vou fazer um curso intensivo no ISTEC, Instituto Superior de Tecnologias Avançadas.

No outro dia comprei tres livros mais: Focus, do Arthur Miller, Venançio e outras histórias, do Joaquim Paço d'Arcos, e Poesia Lírica, do Luís Camões, com certeza todos em Português.

17 noviembre 2010

A falar portugês

Eu já estou plenamente instalado em Lisboa. Falar português é muito complicado, pois esta língua tem treze fonemas vocálicos, quando espanhol só tem cinco, assim que é muito mais difícil compreender-la.

Estou a vivir com dois Português, um rapaz e uma rapariga, e foram surpreendidos quando disse a eles que há apenas dois dias que falo português e que nunca tenhia-lo falado ou estudado. Escrever-lo é muito mais simples, sobretudo com o dicionário na mão, e ler-lo muito mais. Meu primeiro dia aqui eu comprei um livro (o primeria coisa que comprei, depois de um mapa de Lisboa e um telemóvel): “O livro das religiões”, do Jostein Gaarder, em Português, com certeza, e só tive que procurar uma palavra: além, a qual significa “más allá”.

Gaarder mostra tudas religiões são máis ou menos iguais: absurdas, sem sentido além de tranquilizar a incapacidade do homem, embora fala do respeito as crenças... Eu falo de respeito para as boas pessoas, mas não para um pensamento que destrói o potencial humano ou, com certeza, para as pessoas que exercem o controle sobre outras pessoas, as quais são incapazes de ver a mentira, a grande mentira que é a religião.

13 noviembre 2010

Agora vou ser Português

Amanhã vou para Lisboa. Eu não falo Português, mas vou aprender. Eu não tenho quarto, então vou passar uns dias à procura de quarto. A partir de hoje só escreverei em Português, com desculpas a esta linguagem por meus erros de ortografia.

Pelo menos eu tenho a entoacão, que é crucial.

Boa noite e todo isso (paz, boa sorte e mais).

08 noviembre 2010

La última suelta

Qué puta la muerte.

A pesar de tan conocida,
cuando llega otra vez
nos destroza de nuevo,
muerte puta,
muerte cruel,
y nos deja en estado
de excepción
y de sitio emocional.

Y seguimos en la vida
con una vida menos
a nuestro lado:
porque se ha ido,
porque ya no está,
porque se lo ha llevado.

¡En cuántos entierros hemos estado!
¡Cuántos ataúdes hemos seguido!
En diez o en veinticuatro,
dos o cinco, no importa.

Lo seguimos llorando:
al que se va —que era padre
y marido, hermano, tío,
cuñado, primo, amigo—,
por los que se han quedado.

También nuestra vida se va acabando,
y algún día estaremos
nosotros en la caja,
pero eso... Eso no importa tampoco,
porque ese día no lloraremos,
ni al siguiente, ni al otro.

04 noviembre 2010

Versiones del tópico

«Come y deja comer», versión barroca del famoso y moderno «Vive y deja vivir», y del postmoderno callejero «Haz lo que quieras, pero no me toques los cojones».


Se lo dijo un nini a otro nini en la cola del supermercado con tres litronas para llevar

«Pos sí, qué capullo, somos ninis, así nos llaman ahora, y qué pasa, coño, con un par, sí señor, y orgullosos además, ¿o qué?, ¿les jode?, pues que se jodan, a mí me la sudan ellos y sus recriminaciones de princesita, además, qué capullo, yo lo reconozco, con un par, y no como tos esos ninis encubiertos, porque los ninis no somos sólo los que estamos to el día ahí tiraos en el parque bebiendo y fumándole, pos no, claro que no, qué capullo, que hay por ahí un montón que te cagas de ninis ya con sus treinta, sus cuarenta, sus cincuenta y hasta sus sesenta años, coño, que estudiar no estudian y trabajar tampoco trabajan, pero como tienen nómina y cobran tos los meses pos no son ninis, pos una mierda, son tan ninis como tú y como yo e incluso más, qué capullo, por lo menos más sinvergüenzas que nosotros seguro, no me jodas, y eso por no mentar a los políticos trajeaos esos que trabajar sí trabajan, sí, pero para robarnos, bueno, a nosotros no, que no hacemos na ni ganamos na, así que qué nos van a robar a ti y a mí, un capullo, pero a nuestros viejos, nene, a nuestros viejos sí que les roban, y a to la peña, que son mu listos, ¿cuánto es?, toma, cóbrate, y mira a ver si sobra algo, guapa.»

Y, mientras le guiñaba el ojo, puso un montón de monedas de cinco, diez y veinte céntimos en la mano de la cajera.

03 noviembre 2010

Un par de chistes

Preguntas:

1.- ¿Por qué el pollo ateo no cruzó la carretera?

2.- Why did the dyslexic atheist have a pet cat?


Respuestas (para verlas, selecciona las líneas de abajo con el cursor):

1.- Porque no creía en el otro lado.

2.- Because he didn't believe in dog.


Microautobiografía

Nací. Actualmente vivo. De momento, y afortunadamente, eso es todo, aunque cuando haya algo más no seré yo, como ustedes comprenderán, quien lo escriba.

Autodefinido

Se definía a sí mismo como una persona tan honesta e íntegra que, afirmaba, jamás sería capaz de hacer lo que hacía. “Yo nunca haré lo que hago”, eran sus palabras habituales, y también: “Yo sería absolutamente incapaz de hacer lo que hago, pues soy una persona íntegra y honesta”, afirmación con la que demostraba la completa imposibilidad de hacer lo que hacía.

Acoplamiento

Cuando la lluvia le toca el cuerpo se arruga, se encoge cuando hay nubes; por eso cuando en enero baja a la calle se repliega y empequeñece simultáneamente, y aprovechando la coyuntura se hace pasar por una verga invernal, y se pasa los días buscando a alguien que encaje con él, con quien se pueda acoplar: alguien a quien el agua florezca y las nubes ensanchen, y que aprovechando la coyuntura se haga pasar por una vulva invernal.

02 noviembre 2010

Compenetración

Cuando está cerca del agua se humedece, se yergue cuando le da el sol; por eso cuando en agosto baja a la playa se pone tieso y húmedo simultáneamente, y aprovechando la coyuntura se hace pasar por un falo veraniego, y se pasa los días buscando a alguien que encaje con él, con quien se pueda compenetrar: alguien a quien el agua humedezca y el sol dilate, y que aprovechando la coyuntura se haga pasar por una vagina veraniega.